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Contos da Cabrochinha traz o prefácio de Eliana Yunes, Professora de Teoria Literária e especialista em Literatura Infanto Juvenil. Diferente dos textos do gênero, a autora não apela nem para as descrições chocantes ou para as moderações pedagógicas. Não traz nenhuma mensagem nem tenta passar qualquer viés moral. Não escancara realismos pós-modernos nem quer escandalizar o leitor desavisado com uma violência gratuita, e ainda mais aberrante porque infantil. Não, aqui é literatura, pura literatura. Seu texto é o viés do mundo nem tão inocente que não possa saber o que realmente acontece, nem tão adulto, que não se obrigue a negar ou cobrir com os véus da fantasia. Sua linguagem é moldável a cada situação, contexto, viés infantil, variando por espécies estilísticas com segurança e expondo sem arrogâncias uma poética fiel ao princípio de que inspirações e ideias são modeláveis, originais e libertadoras, enquanto ideologias, só servem a si mesmas.

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JUJU MARIA é uma leitura para todas as idades. Recomendada não só para os leitores-mirins e sua interpretação nas salas de aula, porém para seus pais e cultores da boa literatura infanto-juvenil, original sem pretensões, amoroso sem ser piegas, cheio de boas intenções, dos bons instintos e das boas inspirações, sem o ranço ideológico da pedagogia colonizadora e esterilizante. As personagens são cúmplices e altamente cativantes e, como toda boa fábula e história de fantasia, pode ser apropriada por quaisquer aplicações metafóricas ou com a finalidade de aconselhamentos ou comparações. Mas, talvez, o principal destaque sejam as belíssimas ilustrações criadas pela autora, que é também artista plástica, e se esmerou na construção de maquetes e no tratamento exaustivo das fotografias, levando-as, como ilustrações múltiplas, diversificadas e caleidoscópicas até as mãos do talentosíssimo Humberto Mello, nosso diagramador, capista e artista fiel, que as traduziu para livro digital, trazendo-nos, por fim, esse resultado belo, vário e quase palpável que é  O REINO DE TULHIA

Josefina é uma história de, pelo menos, três amores:


do príncipe roceiro pescador pela princesa roceira mais linda, dessa princesa pelo príncipe, da filha desse amor pelas histórias do pai. Histórias de faz quase de conta que aconteceram realmente, lá nos rincões da Bahia, entre pescas e fugas, fugidas por amor, e vindas para os mares do Rio, onde Josefina finalmente nasceu, e virá a se tornar mãe de Finaflor, no terceiro livro desta série prevista para cinco volumes. Utilizando as mesmas técnicas de seu primeiro livro infantil (Juju Maria: e o reino de Tulhia), a autora produziu e confeccionou todas as maquetes e personagens, fotografou-as em diversos ângulos e detalhes e, finalmente, laborou uma infinidade de efeitos de imagem para criar as ilustrações deste livro. Josefina é fruto de amor entre príncipe e princesa, das histórias de seu pai pescador e, agora, de sua própria história, contada em narrativa e imagem ― fantásticas e da mais pop e pura realeza.

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O S a p a t o . . . ” n ã o é um c o n t o , “...amarelo” não é uma crônica. Tampouco a história é uma cena, repartida em várias, ou um drama em três pequenos atos de efêmero caráter. Finafor não é uma vítima, nem a narrativa quer passar mensagens. As personagens, aqui, são e existem para além dos retratos que lhe são tirados, sobrando em qualidades e improvisos: Finafor, com sua meiguice de menina sonhadora, que se apaixona por uma cor, mais do que por um objeto; o irmão, com a implicância de irmãos, mas tão mais afinado em leitura que mil observadores sutis; a mãe, com seus afazeres e seu amor tão completo que ama até o que a filha inventa e ama; o coletivo dos outros, dos colegas feitos “bullying”, que nada mais é do que o enfático cotidiano; e, finalmente, a cor, o sapato, o objeto ou, porque não dizer, o sonho, aquilo que se deseja ou se inventa que se ama, por cisma, por imaginação, ou enfim, por amor que exista, apesar. “O sapato Amarelo” são essas personagens, em ‘cortes’, feitos sem pudor nas narrativas que pertencem somente a elas, mas que nos oferecem, em sequência e planos que nos são dados assistir, tudo que há de mais afetivo e real, subjetivo e urgente, o aqui e agora do sonho que cotidianamente nos reclama.

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